Café Mais Vendas #26 – Somos o que Repetimos

1. Abertura: A rotina que molda o caráter

Você quer mudar. Mas continua repetindo os mesmos hábitos.
Quer resultados diferentes, mas segue os mesmos caminhos. E não percebe que, no fundo,
você é aquilo que você repete.


Essa foi a provocação que abriu o Encontro #26 do Café Mais Vendas. E quem colocou luz
nessa verdade foi Oto Cunha, com apenas 12 anos.

A gente se torna aquilo que faz todos os dias. E o cérebro não distingue o que você faz
conscientemente do que você faz por impulso. Se você repete um padrão de
comportamento, mesmo que queira mudar, seu subconsciente vai continuar te levando
para onde você já foi

Com calma, Oto explicou que hábitos automáticos moldam nosso caráter, nossas emoções
e nossas atitudes.


E então lançou a pergunta:

Como mudar isso?

E assim, ainda na abertura, Oto nos lembrou que todo resultado extraordinário começa com
uma rotina ordinária bem feita.


Silêncio. A roda escutava um menino apontar o que tantos adultos negligenciam: a rotina é
o verdadeiro laboratório da alma.

2. Oto Cunha: o menino que já pensa em processos

Oto trouxe a sabedoria que muitos adultos esquecem: o caráter não nasce de uma decisão
isolada. Ele é construído na rotina. E rotina é processo.


Ele contou que quando uma pessoa aprende a andar, ela não percebe o quanto aquele
processo vai condicionar o corpo a repetir automaticamente. E que mesmo depois de anos,
se precisar reaprender, o corpo lembra. Porque o processo fica.

Esse raciocínio despertou reflexão no grupo. Ele não falou como quem leu. Falou como
quem observa. Como quem já percebeu que viver no improviso tem limite. E que repetir
com intenção transforma o caráter.

A gente acha que vai mudar só porque quer. Mas o que a gente repete é mais forte do
que o que a gente deseja

3. Ricardo e a Coca-Cola: onde processo é cultura

Quando Ricardo falou sobre sua vivência como gerente de vendas da Coca-Cola, a sala
ficou em silêncio. Não era uma palestra sobre uma marca famosa. Era um homem falando
do que ele executa todos os dias. Gente da ponta. Da rua. Do processo executado com
disciplina

A Coca-Cola compra água bruta porque vai tratá-la do jeito certo. Cada etapa é parte
de um padrão global. E o processo precisa acontecer mesmo quando ninguém está
olhando

Ele falou da auditoria surpresa. Da rotina invisível. Dos vendedores que sabem exatamente
o que fazer em cada ponto de venda. Dos promotores que conhecem o nome dos clientes.
E da diferença entre estar na Coca e trabalhar com jeito Coca.

Não basta ser o rapaz da Coca. Tem que ser o cara da Coca. E isso se constrói com
processo

Mais do que explicar, Ricardo mostrou o peso da responsabilidade. Como se cada venda
tivesse que preservar o legado de uma marca que atravessa décadas. Foi uma aula sobre
rotina, disciplina e confiança.

4. A diferença entre citar e viver

Em muitas palestras, a Coca-Cola é exemplo genérico. Aqui, ela foi vivência direta. Ricardo
estava na roda, não no slide

Aqui, a Coca-Cola não foi referência de palco. Foi presença na mesa. Não falamos dos
outros. Falamos de nós mesmos

Essa é uma diferença fundamental no Café Mais Vendas: o que você ouve aqui é o que foi
vivido, testado, executado. Nada é teoria solta. Tudo vem da prática

5. O ponto zero dos bastidores

Ticiane, Charles e Amanda trouxeram suas falas sobre o nascimento dos bastidores. Foi a
primeira vez que se falou abertamente da estruturação interna do movimento. A
vulnerabilidade foi posta na roda: não está pronto, mas está sendo feito.


Amanda explicou os desafios da comunicação visual e da coordenação da equipe criativa,
sendo responsável pelas artes, organização visual dos conteúdos e publicações do
movimento. Charles falou sobre como conectar quem confirma, quem convida, quem
executa, e como medir resultados em cada canal de entrada, liderando o setor de
convocação, monitoramento e controle de presença dos participantes. Ticiane trouxe a
visão de quem audita tudo isso de cima, garantindo que cultura e operação estejam
alinhadas, atuando na governança dos processos e integração entre os setores.

Foi difícil organizar. Mas não existe cultura sem processo

Começamos com planilhas simples. Depois fichas. Depois CRM.Hoje já temos
responsáveis por cada passo. Mas a base segue sendo: executar antes de ensinar.


Cada bastidor virou laboratório. E cada bastidor virou vitrine.
Charles foi direto em uma fala que resumiu o espírito do encontro:

Não tem como cobrar resultado de um time que não passou por um processo

Foi nesse clima de bastidor revelado que entramos na essência: processo não é só
estrutura. É prática. É repetição com propósito.

Aqui, a vitrine é o que você entrega. O palco é pra quem executa

6. Processo é o que garante evolução

Durante o encontro, uma frase repetida mais de uma vez foi:

O processo só é verdadeiro se for praticado quando ninguém está vendo

Essa verdade ecoou nas falas, nas anotações e nas entrelinhas de quem carrega o Café
Mais Vendas todos os dias.


Letícia também fez uma analogia poderosa que ficou na mente de muitos:

Tem coisa que a gente não negocia com criança. Tomar banho. Escovar os dentes.
Comer. Isso também é processo

E foi além:

Apesar de eu ser jovem, eu admiro e respeito muito a coisa chamada tradição. Tradição
existe por uma razão. Ela ajuda a construir cultura

Essas frases reforçaram que processo não é só controle, é formação. É repetição
intencional que sustenta o que importa. Mas Letícia também trouxe uma reflexão
necessária: fazer com amor é lindo. Ter uma cultura leve, onde todos se sintam acolhidos,
também. Mas quando o amor vira licença para viver sem regra, o papel do líder precisa
aparecer.

Tem hora que alguém precisa dizer: vai tomar banho, sim. Vai escovar os dentes, sim.
Vai cumprir o processo, sim. Porque o processo protege

Ela nos lembrou que tradição e estrutura não são o contrário da liberdade. São os trilhos
que a tornam possível.


Se você acha que processo engessa, é porque nunca experimentou a liberdade de ter
clareza.


Quem não tem processo vive apagando incêndio. Quem tem processo consegue focar na
evolução.

Processo é aquilo que garante que sua entrega não dependa do seu humor do dia

O Café Mais Vendas se recusa a ser um evento com brilho e sem estrutura. É por isso que
existe onboarding. Existe crachá. Existe bastidor. Existe padrão.


Luzilva, ao registrar suas percepções sobre o encontro, destacou que a diferença entre
projeto e processo está justamente na continuidade. Um projeto tem começo, meio e fim.
Um processo é eterno enquanto está em execução, buscando aperfeiçoamento constante.

O processo é uma prática contínua. Ele gera hábitos, cria cultura e garante que você
chegue onde planejou chegar

Em suas anotações, ela observou que os processos não só conectam setores e pessoas,
mas também ajudam a corrigir falhas e entender que os erros fazem parte do ciclo. Que
mesmo processos individuais precisam de rotina, estrutura e registro intencional:

Não é sobre o curso, o livro ou a mentoria. É sobre praticar continuamente aquilo que
você já sabe que funciona

Essas percepções reforçam que processo é cultura. E cultura só é forte quando é vivida
com coerência.

7. Fechamento com provocação

Letícia Melo, em suas anotações, captou uma fala que ficou ressoando na mente de muitos:

Se você está no caminho errado, o caminho mais rápido é voltar atrás

No Café Mais Vendas, o processo não é uma amarra. É a linha que nos puxa de volta
quando começamos a nos perder. É o trilho para quem quer permanecer com propósito.


Adriano Cunha⁺ arrematou com uma verdade que também serviu de convite:

Você só transborda aquilo que se enche

Se você ainda não tem processo no seu negócio, talvez não falte conhecimento, falte
repetição, estrutura, um ponto de partida.

Não tem como cobrar resultado de um time que não passou por um processo

E se você já sabe disso, a provocação é: o que você está esperando para ajustar o
caminho?

8. Convite final

Se você quer coerência, faça pra você o que promete aos outros.
Se você quer bastidor, entre no processo.
Se você quer palco, execute com verdade.


Se você quer permanência, crie processo.
Se você quer crescimento, repita o que funciona.


O que você está executando te conduz.
Se você quiser, o Café te conduz também.

Créditos

Esse conteúdo foi inspirado no Encontro #26 do Café Mais Vendas.
Condução de Adriano Cunha⁺, com participação ativa de Oto Cunha, Ricardo (Coca-Cola),
Amanda, Charles, Ticiane e todos os cafeinados que ajudaram a estruturar o ponto zero do
movimento.

Quem faz, fica. Quem repete, cresce. E quem estrutura, permanece

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